Quando se diz, como é habitual em
medicina, que a
Esclerose Múltipla...
- NÃO é susceptível
de prevenção ou curável ...por enquanto! ... devemos entender dois pontos essenciais:
1
- A afirmação significa que a Esclerose Múltipla não é curável"pelos meios ou através dos conhecimentos
praticados, adquiridos e aceites pelos elementos que constituem as fileiras da
medicina convencional", ou seja: em nome da ciência médica, declara-se a Esclerose não-curável ...por
enquanto - entenda-se que "por enquanto" confina a expectativa ao evoluir da
mesma ciência médica. Sendo embora correcto, assusta-me pensar que abordagens
alternativas poderão ter ficado no abandono, à semelhança da tendência
histórica que a nossa ciência tem demonstrado de se pautar apenas e
sectorialmente pelos seus próprios parâmetros conhecidos. O facto é que as
equações de Einstein demonstram que nada pode mover-se mais depressa que a
luz... e no entanto certos iões parecem fazê-lo, do mesmo modo que a
"ciência" medieval, então tão moderna como a nossa hoje,
afirmava que o Sol se movia em redor de uma Terra imóvel...
2
-Todas as doenças são susceptíveis de prevenção. Hipócrates afirmou-o quando disse que "não há doenças, há apenas doentes ". Isto significa, a meu ver, que a
«doença» é a disfunção ou o conjunto de disfunções que resulta, como efeito, de
uma causa específica: a perturbação ou desequilíbrio da ecologia ambiental
imediata do sujeito. Provavelmente não poderemos melhorar a qualidade do ar que
respiramos ou evitar as radiações que constituem cada vez mais o nosso
ambiente, mas podemos (e habitualmente não o fazemos) evitar a ingestão de
tóxicos (como o álcool ou o tabaco), controlar excessos prejudiciais (como o
sal ou açúcar de baixa de qualidade), prescindir de sintéticos artificiais que
entram na composição dos nossos alimentos (como corantes, preservantes e
edulcurantes vários), não abandonar o nosso corpo à inacção que não lhe é
natural, observar regras elementares de higiene e preservação (que incluem o
repúdio de vestuários ou adereços deformantes, como certos modelos de sapatos,
cuecas e soutiens, sem
esquecer as peças de roupa que constringem a livre circulação sanguínea), etc.,
etc., etc... Todos estes são recursos para melhorar a natural qualidade da nossa vida e da nossa
saúde, portanto são preventivos da «doença», que raramente são ensinados, pelo
menos na sua totalidade, ao jovem que ainda não ficou doente - e por certo não
fazem parte da cultura adulta. Para demonstrar quanto isto é verdade,
recordarei que o termo português «dieta» se refere a um tipo de alimentação saudável que, por norma só é usada por quem está
doente - recorde-se que o pão integral, muito
mais rico e nutritivo que o normal, é considerado um «pão de dieta». Ou seja, em termos alimentares,
segue-se a doutrina do "depois da casa assaltada, trancas na porta..." Disto, e porque não está provada a
predisposição familiar que por vezes é atribuída a esta enfermidade, resulta
apenas a afirmação: aesclerose,
tal como todas as outras doenças, é susceptível de prevenção, através de
uma vida e higiene saudáveis.
Sem intentar
(possíveis) divagações em campos de medicinas alternativas ou conhecimentos ocasionalmente
discutíveis, ocorrem-me alguns pontos de meditação, que passarei a enunciar.
A esclerose
múltipla é basicamente caracterizada pela deterioração da mielina que recobre o
axónio; a mielina é uma substância quase inteiramente constituída por matéria
gorda e proteica, substituida por tecido cicatricial
na situação de esclerose. Assim, seria de supor que bastasse estimular a
regeneração da mielina para ultrapassar o problema, à semelhança do que sucede
com uma ferida, ao longo de e após o processo de cicatrização. O óbice, porém,
consiste em não se conhecer um produto ou técnica eficaz que provoque a
regeneração da mielina. Portanto, resta-nos não esquecer o único agente ao
nosso alcance que, se é capaz de produzir mielina, é também capaz, senão de a
regenerar, pelo menos de voltar a produzi-la: o corpo humano.
Sabe-se que um
corpo com esclerose múltipla não se costuma mostrar capaz, por si só, de o
fazer, apesar dos períodos de recorrência habituais na doença, que não são mais
do que meras pausas.
O corpo
precisa de ajuda! Será possível?... Não sei, mas sugiro, como tentativa disso,
o tratamento que passo a descrever:
TERAPIA
Sugiro a aplicação da Lei de Arndt-Schulz(1985) -baseada nos trabalhos de RudolfArndt(1835/1900) e
Hugo Schulz(1853/1932)
- sobre a influência das micro-correntes de
baixa voltagem na regeneração tecidular. Está
estabelecido, a título de exemplo e entre outros efeitos, que o desenvolvimento
do Trifosfato de Adenosina
(ATP) aumenta mais de 400% sob
estímulos inferiores a 500µA e o
transporte dos ácidos aminados aumenta quase 40% sob 100/400µA
(Cheng, 1982). As micro-correntes
são conduzidas pelas Bainhas de Glia das Células de Schwann, o que as coloca no local exacto da afecção - o seio da capa de mielina - e existem já provas
concludentes do seu efeito na regenerescência e cura
dos tecidos, sob certas condições.
Sugiro, pois, uma terapia de Estimulação Eléctrica Neuromuscular por Microcorrentes,
assim aplicada:
PARÂMETROS:Intensidade-40µA
Frequência-0,4Hz
Comprimento de Onda: SoftRamp-Time
NOTAS. Apesar de se
obterem excelentes efeitos analgésicos imediatos com amperagens de 300/400uA e
frequência de 3 Hertz, que estimulam a formação de endorfinas,
o efeito cumulativo dos resultados e, portanto, a cura definitiva ou a longo
prazo, é muito maior com os parâmetros aconselhados. Pode variar-se a frequência
de emissão segundo a área muscular sob estímulo, mas nunca baixando de 0,3Hz ou
excedendo 0,9Hz. É imprescindível resistir à tentação de usar valores de
intensidade e frequência maiores que o aconselhado: o aumento destes parâmetros
diminui o valor dos resultados.
TRATAMENTOS:Tratamento inicial Descanso de
um dia
Tratamento
diário durante 5 dias
Descanso de
um dia
Tratamento
em dias alternados durante 10 dias
Descanso de
4 dias
Repetição da
rotina segundo critério do terapeuta e avaliação dos resultados.
NOTAS: Deverão poder começar a
detectar-se resultados, nomeadamente o melhoramento da coordenação motora e
funções de memória, logo ao segundo dia da primeira série de 5 dias, antes do
início da terapêutica. As Microcorrentes têm um
efeito cumulativo, pelo que estes tratamentos podem repetir-se tantas vezes
quanto o necessário e durante todo o tempo que se entender
ZONAS A TRATAR:Todo o corpo, mas principalmente
as áreas dorsal e lombar.
NOTAS Estes tratamentos podem ser aplicados a pacientes recém-diagnosticados ou já com anos de esclerose múltipla,
mesmo apresentando lesões profundas e aparentemente irreversíveis
MÉTODO A UTILIZAR: Na primeira série de tratamentos,
aplicação directa por eléctrodos
Na segunda
série e seguintes, aplicação através de massagem manual.
APLICAÇÃO POR ELÉCTRODOS: Coloca-se
um eléctrodo punctiforme na origem do músculo e outro
na sua inserção, durante cerca de 10 segundos. Em seguida, levanta-se um dos
eléctrodos, deixando o outro fixo e passando a fazer movimentos circulares com
o primeiro sobre o músculo, no sentido dos ponteiros do relógio na metade
esquerda do corpo e no sentido inverso na metade direita, durante 10 segundos.
Finalmente, recoloca-se no sítio inicial o eléctrodo móvel e repete-se o
processo com o outro. Tratar assim os principais feixes musculares que
coordenam as funções motoras, num máimo de 20 minutos
de tempo acumulado por sessão. Alternar a escolha de músculos ao longo das
sessões, mas tratando sempre na mesma sessão o músculo de um lado do corpo que
tenha sido tratado do outro.
APLICAÇÃO ATRAVÉS DE MASSAGEM MANUAL:
Fixa-se um eléctrodo plano à zona sagrada do paciente e outro à face dorsal da
mão ou ao antebraço do terapeuta. Em seguida, utilizam-se as técnicas habituais
de massagem manual, incluindo, se possível, técnicas de acupressão.
NOTA - Deve
aplicar-se um revestimento humedificado ou um gel
condutor sobre os eléctrodos. Evitar a manipulação directa das zonas da faringe
e laringe, bem como dos olhos e seio carotídeo.
Durante o período menstrual, evitar manipulações na proximidade dos orgãos genitais. De um modo geral, reduzir para metade os
tempos de transmissões transcerebrais, embora
mantendo os parâmetros de valores.
CONCLUSÕES: As
reacções individuais à aplicação de microcorrentes
variam por vezes muito de pessoa para pessoa, pelo que o terapeuta deve
vigiar o doente e adaptar-se à percepção dos resultados. No entanto, a
frequência das correntes deve situar-se sempre entre os 0,3 e os 0,9Hz e a
intensidade entre os 10 e os 90µA, podendo apenas ser aumentada em
situações pontuais em que se desejem efeitos analgésicos imediatos, mas nunca
ultrapassando os 300µA e os 3Hz. Deve ser administrada Massagem Manual completa
após cada sessão.
ATENÇÃO - Esta prescrição não deve
aplicar-se a doentes cancerosos, pois estimularia as células neoplásicas. Também não pode usar-se em portadores de
"pacemaker" ou mulheres grávidas.
EXERCÍCIO
O doente deve escolher e praticar
uma forma de exercício físico suave, que dure pelo menos vinte minutos e em que
repita continuamente o mesmo movimento, sem alteração de ritmo ou de esforço.
Uma vez eleita esta
forma de exercício, o doente deve fazê-la todas as manhãs em jejum, de
preferência frente a uma janela aberta ou ao ar livre, mas nunca no mesmo
aposento onde dormiu.
Quando possível, deve
caminhar diariamente e sem interrupção durante pelo menos vinte minutos, num
piso regular e sólido, não forçando a marcha e evitando o cansaço.
Antes da última refeição do dia, deve repetir o exercício
com que iniciou a manhã.
Estas práticas devem manter-se
regularmente, ainda que o doente sinta melhoras radicais ou mesmo uma
recorrência completa dos sintomas.
HÁBITOS PROIBIDOS O doente deverá
abandonar por completo e para o resto da sua vida as seguintes práticas: Fumar -qualquer tipo de tabaco e por qualquer
processo
Expor-se directa ou parcialmente ao Sol, na praia, entre as 11 e as 16
horas.
Passar mais de
2 horas seguidas emambientes viciados, como Discotecas, automóveis em queviagem fumadores, escritórios ou aposentos pequenos sem
ventilação, retretes, cozinhas, etc.
Usar peças de
roupa que dificultem a circulação, ou roupa interior feita com fibras
sintéticas. Dormir com relógio, aneis, jóias, cuecas, ou "soutien". Consumir
qualquer tipo de drogas estimulantes, entorpecentes ou alucinogénicas.
Usar aquecimento interior na cama, depois de se deitar, ou aquecedores junto
aos pés e costas. HÁBITOS OBRIGATÓRIOS
Se "tomar banhos de sol", fazê-lo apenas ao princípio da manhã
ou fim da tarde, sempre por
períodos muito curtos e em completa nudez, sem chapéu, óculos, sandálias, jóias
ou outros
adereços. Não usar qualquer bronzeador ou protector -
hidratar a pele com um óleo neutro de bebé.
Evitar os
cosméticos de todo o tipo, incluindo os feitos de produtos naturais.
Nunca passar mais de 3 dias sem um banho completo e utilizar um sabonete de
argila. ALIMENTOS PROIBIDOS
Todo o tipo de bebidas alcoólicas ou
gaseificadas e café.
Açúcar branco refinado, vinagre e doçaria comercial.
Todo o tipo de cadáver de mamífero e peixe com pele.
Alimentos fritos e excesso de gorduras, animais ou vegetais.
Conservas e especiarias - usar o mínimo tolerável de
sal (ou nenhum).
Alimentos muito quentes ou muito frios, incluindo "gelados"
ALIMENTOS
DIÁRIOS OBRIGATÓRIOS
Fruta fresca e sumos naturais de
frutos.
Salada feita com vegetais crus.
Máxima variedade possível de legumes, crus ou cozinhados (de preferência em
vapor).
Leite (sempre natural ou morno) e chocolate negro de cozinha (pouco).
Cereais integrais, pão integral e arroz integral.
Se comer peixe: sempre grelhado ou cozido (de preferência em panela de pressão)
e sem pele.
Água (de preferência mineral sem gás) - nunca saída do
frigorífico.
MEDICAÇÃO
-Deitar 1cm de argila verde em pó num
copo com água, todas as noites, e beber o líquido de manhã, em jejum, deitando
fora a argila depositada (se ingerir um pouco, por descuido, não faz mal).
-Incluir sempre um pouco de cebola
crua em pelo menos uma refeição ao longo do dia.
-Uma vez por semana, mastigar cerca
de 2cm de talo de couve crua (galega ou semelhante).
-Manter a medicação a que se está
habituado, até comprovar poder prescindir-se dela, mas reduzir ao máximo
possível todos os analgésicos. Eliminar por completo a ingestão de
barbitúricos.