Tem a ver com uma brincadeira nascida numa noite de passagem de ano feita por mim e pelo José Manuel Gouveia, com a Ausenda Maria, o Eugénio Corte Real e a Maria de Fátima.
Nessa noite, resolvi usar como tema a canção "Lilly the Pink", de um grupo chamado "Scaffold", que toquei algumas centenas de vezes, em 33, 45 e 78 rotações, o disco arrastado à mão, passado da frente para trás e de trás para a frente, enfim... uma gozação que pegou e fez do tema uma espécie de imagem de marca (aliás, som de marca) das minhas emissões.
Mais tarde, por brincadeira, lembrei-me de fazer uma letra a alfinetar os colunáveis da cidade e do meios artísticos, literários, jornalísticos e sociais moçambicanos, que tive o desplante de gravar cantada por mim mesmo, acompanhado-me à viola... só quem se lembra pode imaginar, porque sempre fui desafinado e só sei tocar meia dúzia de acordes na viola... uma desgraça!
Mas fez sensação na altura e deu para curtir uns sorrisos.
Era a «Moda do Trinca-Trinca».
Infelizmente, não conservo nenhuma gravação dessa ousadia, a menos que ande por aí perdida nas teias de aranha da cave ou do sotão... se alguém por acaso tiver, agradeço que partilhe.