Recortam-se angulosas as esquinas
ao passar nas ruas da cidade.
Penetram incisivos denteados
no coração rolante dos relógios...
Batem secas pancadas no asfalto
os pés de corpos suados!
Saltam lascas do cimento armado
ao pulsar dos martelos nas manhãs.
É duro, incisivo, perfurante,
o sinfónico abrir de vibrações
com que a vida acorda, cada instante!