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Desde que Portugal é Portugal, que trovadores, cronistas e poetas escrevem na nossa língua aquilo que dizem também... como o dizem também!
Existe, no entanto, entre nós, uma "elite" sabedora e culta que divide a pátria-língua em duas: uma "decente", outra que não deve usar-se em público...
Para minha genuina surpresa, devo dizer que vi a palavra "foder" num dicionário corrente, pela primeira vez, na edição 2003 da Porto Editora...
Somos uns fingidos... fingimos, até, poder ignorar que uma língua é um organismo vivo em constante mutação, que representa, quer gráfica quer foneticamente, a forma como as pessoas comunicam e deve ser, para corporização da sua própria autenticidade, igual ao que o povo fala.
Portanto, aqui ficam alguns exemplos da escondida verdade lusitana em verso, passada ao papel ao longo dos últimos oito séculos...
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