É um sono que repousa sem cansar
e chega uma vez em cada amor
é a hora cega de partir
sem olhar o corpo que acabou
é o coito final incentivado
na semente hormonal que nos traduz
é a forma-perdão, esquecimento
o ser fálico só, nunca frustrado
sempre certo da força que a seduz
p'ra que o ir não vá, e um lamento
redima as coisas menos sãs

© PEDRO LARANJEIRA