Não te masturbes!
Dizem-me alguns, com olhos baços, querendo prender-me os braços,
e fingindo que foi coisa que eles próprios nunca fizeram!
Não te masturbes!
Tanta sentença me deram!
Não querem que me consuma em onania e cansaços!
Mas eu cá, finjo que cruzo os braços, cago nisso...
e vou batendo mais uma!
A minha glória é essa
vir-me três vezes por dia
sem depender de ninguém
nunca o sexo me pareceu ser tesão em demasia
por mais que foda e me venha, bato punheta também!
Não, não vou por onde me diz essa gente
que me quer castrar desejos por se sentir impotente!
Só vou por onde me guiam os passos da minha tusa...
Vejo mamas, beijo bocas, lambo conas, sou carente
e quero por a escorrer as coxas de cada musa
que me entesar o caralho num desejo permanente!
Como, pois, pergunto eu, sereis vós a me dizer
Não te masturbes!
O que vou então fazer
com este desejo infindo de respirar ofegante…?
Prefiro escorregar em becos lamacentos
se neles encontrar mais uma amante,
como farrapos, arrastar os pés sangrentos
em busca de corpos nus que me saciem a sede
mas se bater com os cornos na parede
e me ficarem as ânsias de tesão todas fodidas...
prefiro bater mais uma, nem que seja às escondidas!
Se eu vim ao mundo foi p'ra saciar o desejo encantado das mulheres
e deixar a marca do meu corpo em cada uma que se fique de orgasmos saciada!
O mais que eu faço não vale nada!
Como pois sereis vós que me dareis moralismos, decretos e mandanças
p'ra eu não me masturbar!
Corre nas vossas veias sangue podre com doenças
de brochistas infectadas e putas contagiadas
a quem vós dais meias fodas!...
Eu amo os abismos de corpos desejosos,
as torrentes de gemidos langorosos
e o infinito pasmo de nascer em cada orgasmo!
Ide! Tendes putas, caralhos às escondidas e sexo pago também!
Tendes sobrinhas, secretárias, empregadas e vagabundas drogadas...
...e se ainda assim vos faltar com quem, podeis sempre foder a cona à vossa mãe!
Eu tenho a minha loucura!
Levanto-a como um facho a arder na noite escura
e fodo e faço minete, e beijo como quem morde
com espuma e sangue e cânticos nos lábios!
É o tesão que me guia, o Amor que me alimenta!
Mais ninguém!
Todos tiveram pai!
Todos tiveram mãe!
Mas todos nasceram da grandeza infinita de uma foda
por mais que esses filhos da puta achem que sabê-lo os incomoda!
Ah, que ninguém me dê regras e lições!
Deixem-me em paz os colhões!
Não me digam: não te masturbes!
A minha vida é um vendaval de prazer sexual!
É uma onda de Amor, de Fodas, de Luxúria!
e hei-de alimentar eternamente esta demência!
Afogai-vos na penúria da vossa própria impotência,
castrados da merda, moralistas da treta,
Porque eu gosto de minete!
Porque eu gosto de foder!
Mas também bato punheta!