AVENTURAS AO AR LIVRE
NUM PAÍS DE MIL ENCANTOS
Da beleza agreste do Gerês à planície alentejana, das neves da Serra da Estrela aos recantos idílicos do litoral algarvio, do misterioso Buçaco aos rios e ribeiras prateadas que correm por entre bosques rumorejantes, há de tudo neste tapete lusitano, desde cidades ultra-modernas a aldeias medievais, desde riquezas artísticas de história perdida na bruma dos tempos a patrimónios legados por mouros e romanos, por celtas ou outros povos de quem nem o nome nos chegou, passando de megalitos pré-históricos a uma arquitectura ultra-moderna.
Tudo isto enquadrado por um dos povos mais hospitaleiros do mundo!
Temos uma riqueza imensa, de variedade inesgotável. Nem é preciso fazer grandes planos de longas férias, para beber os encantos deste país: podem viver-se em Portugal experiências que nunca esquecerão e não precisar, às vezes, de mais que umas horas para as concretizar.
Nada de mais rico temos ao alcance da mão que a própria natureza, no melhor clima da Europa - e é nela que podemos encontrar momentos de grande prazer, que enriquecem o corpo e a mente.
De entre mil exemplos ao alcance da mão, vejamos o que pode ser um dia bem passado no coração do país, perto de Coimbra.
O Mondego é um rio de surpreendente beleza, que da Serra da Estrela à Figueira da Foz serpenteia por entre margens férteis de vegetação luxuriante, águas límpidas na maior parte do curso, um ar que dá gosto respirar.
Muita gente experimentou já o descanso de olhar para as águas do Mondego na tranquilidade de um piquenique algures sobre a relva, ou mesmo no conforto civilizado do Centro Náutico do Parque Verde, em Coimbra, ao lado da curiosa ponte Pedro e Inês. Outros fizeram a viagem de uma hora no famoso "Basófias", um bateau mouche que se passeia ao longo da cidade-estudante.
Menos pessoas, no entanto, poderão dizer que foram mais além e exploraram os encantos do rio bem no interior selvagem do seu percurso por entre montes e vales. Essas, não imaginam o que têm estado a perder...
Não há melhor forma de viver esta aventura que esquecer as margens e deixar-se abraçar pelas próprias águas do rio, sobre elas, com elas, ao longo do seu percurso sinuoso rumo ao mar.
Consegui-lo implica uma espécie de iniciação à canoagem.
Para quem nunca experimentou, podem colocar-se dúvidas quanto à dificuldade, segurança, equipamento, ou mesmo aprendizagem e apoio, mas tudo isso tem respostas ao alcance de qualquer um.
à Estrada Nacional 110, junto a uma placa que diz "Praia Fluvial - Acesso Pedonal" - são cinco minutos a pé. Desse local, partem autocarros que nos levam vinte quilómetros rio acima, onde uma fila de canoas já apetrechadas nos espera.
Depois de uma breve sessão de formação em que tudo é explicado a partir de zero, embarcamos e começa a aventura.
As canoas são "sit-on-top", o que significa que se navega sentado sobre elas e não dentro, ou seja, nunca podem inundar. É uma invenção da Rotomod, que acrescenta completa segurança a este desporto e o transforma numa agradável forma de lazer.
Há canoas para uma pessoa só, embora o normal seja de duas, com a possibilidade de levar ainda uma criança.
Toda a gente vai com coletes salva-vida e existe a bordo um pequeno contentor estanque, para que os objectos pessoais não se molhem.
Finalmente, é-se instruído na arte de manejar a "pagaia" - um remo duplo, de desenho inteligente e muito fácil de usar.
Começa aí a viagem, sempre acompanhada por um ou dois monitores, que servem de guias e apoiam os participantes em todas as fases do percurso.
E por cada minuto que se vive na entrega a estes pequenos momentos de felicidade ao alcance da mão, ganha-se um fôlego de ânimo renovado e fica-se, no património da vida, com mais um dia em que as horas foram de alegria pura!
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