PÁGINA DE IMPRENSA DE PEDRO LARANJEIRA 4 abril 2009

NÃO ME TIREM O ÚTERO !...

um livro em águas turvas

por Fátima Fernandes

Depois da "pedrada no charco" que tem sido "O Alentejano que descobriu a América", sobre a portugalidade de Cristóvão Colon, o jornalista e escritor Pedro Laranjeira publicou um novo livro para agitar águas, desta vez as da medicina.

Ele questiona porque é que mais de 4.000 mulheres são todos os anos operadas em Portugal para extracção do útero, quando grande parte o poderia evitar se fosse conduzida a uma terapia que cura a doença e permite continuar a ter filhos, por metade do preço e sem cirurgia, anestesia geral ou internamento.

O livro foi apresentado em Lisboa, num congresso médico onde o tema se discutiu ao longo de seis horas.

Quem conhece Pedro Laranjeira não ficou admirado de o ver usar a liberdade de "não sendo médico, não ter qualquer dama a defender", para contestar a afirmação tão comum a alguns ginecologistas de que o útero serve para

prociar, portanto "quando não se quer ter filhos o útero não é preciso para nada", com a observação de que, também, o sexo serve para procriar, portanto, nessa óptica, quando não se quer ter filhos o sexo não deveria ser preciso para nada... a que a reacção da assistência dispensou comentários.

Mais contundente, foi a sua comparação entre ginecologistas e dentistas - com vantagem para estes, uma vez que, por hábito, quando um doente se apresenta com um problema, tratam-lhe o dente e só em última instância recorrem à extracção, terminando: "para além de que, dentes temos 32, útero só um!"

Um minuto emocionante foi a apresentação de uma antiga doente, que estava na sala, "ela e o seu útero", a quem Pedro Laranjeira chamou "o título vivo do seu livro", porque a ela ouviu a frase durante cinco anos - e a quem ofereceu um exemplar dedicado, naquela que foi a única ocasião ao longo de seis horas dedicadas a medicina em que um orador foi interrompido pela assistência para ovacionar o momento.

Como todos viram e o filme da apresentação documenta, até João Martins Pisco não conseguiu esconder as lágrimas que decerto lhe fizeram sentir mais uma vez o valor do trabalho que faz há muitos anos e da área da medicina que introduziu em Portugal.

Como o autor fez questão de frisar, este não é só um assunto de medicina, é um assunto de MULHERES, por isso lhes dedicou o livro.

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