O título deste livro vem de uma frase repetida ao longo de cinco anos por uma doente portadora de fribromiomas, aos médicos que lhe queriam tirar o útero... até ter descoberto que não precisava.
Este e muitos outros testemunhos fazem parte um estudo atento de uma área pouco divulgada da medicina de intervenção, sobre um problema que aflige centenas de milhares de portuguesas, atinge mais de um terço das mulheres em idade fértil e constitui um flagelo que habitualmente acaba com uma operação para remoção do útero, acompanhada em metade por casos pela extracção dos ovários, "para aproveitar a cirurgia", quando existe uma terapia que resolve o problema sem intervenção cirúrgica, sem internamento hospitalar, sem anestesia geral... por metade, ou menos, do custo.
Não se trata de medicina experimental nem de "medicina alternativa", mas de medicina pura, no sentido convencional do termo, embora numa área em que as "comadres" parecem não se entender... torna-se aparente um diferendo grave entre a ginecologia e a radiologia de intervenção, onde o "superior interesse da doente" parece constituir um factor de segunda...
O livro descreve as várias formas de tratamento médico de miomas uterinos, estabelecendo estudos comparativos entre a histerectomia, a miomectomia e a embolização, oferecendo estatísticas, testemunhos e avaliação de consequências e expectativas.
Paralelamente, revela-se a existência de um serviço hospitalar único em todo o mundo: a oferta de anestesia por acupunctura, isentando a paciente da ingestão desnecessária de drogas.
Profusamente ilustrado, o livro proporciona uma leitura fácil, sem a heremética terminologia médica, o que o torna acessível a todos os níveis de cultura do público leitor, permitindo que um tema que, de forma directa ou indirecta, é um problema que afecta perto de um quarto da população portuguesa, chegue à opinião pública e divulgue o que é fundamental que se saiba sobre uma aflição que tem comprometido a qualidade de vida e a hipótese de um futuro feliz a milhares de famílias.
A apresentação foi feita pelo próprio autor, em Lisboa, na Escola Superior de Tecnologia de Saúde, no Parque das Nações, no Sábado, 28 de março, num Congresso Médico Internacional sobre o tema, onde estiveram presentes especialistas de vários países, como Brasil, França, Holanda, Índia, Estados Unidos e nomes de referência em Portugal, bem como as equipas médicas que proporcionam este tratamento e a anestesia por acupunctura no nosso país.
Ali estiveram, também, a prestar testemunho, mais de uma centena de mulheres (elas e os seus úteros) que se submeteram a esta forma de terapia, algumas acompanhadas por filhos nascidos após o tratamento.
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