Aconteceu ontem, 9 de fevereiro de 2009.
Lar de terceira idade, zona norte do país.
A idosa está muito fragilizada nos seus setenta e oito anos, a família espera o pior...
Ao princípio da tarde, a situação se agrava-se, a filha comparece no Lar. Pouco depois, uma funcionária manda-a sair dizendo que a mãe se "estava a apagar". Pouco depois informa que a idosa faleceu.
Eram então 15 horas.
Às 19 já os funcionários da funerária tinham sido chamados, o corpo vestido, metido num caixão e pouco depois levado para a capela da localidade.
O óbito, anunciado pela funcionária do Lar, não fora entretanto confirmado por um médico.
Às 22 horas, telefonei para o Lar e perguntei quem tinha sido a autoridade a certificar óbito; respondeu-me a funcionária que atendeu que tinha sido a médica da instituição, de quem me deu o primeiro nome, alegando desconhecer o segundo. Recusou-se a fornecer-me o seu contacto devido ao adiantado da hora.
Toda a família alega que nenhum médico esteve presente.
Toda a família alega que às 19:30 o corpo estava quente e parecia que os olhos da idosa estavam a abrir, ao ponto de alguém lhos ter ido fechar...
Chegado à capela, o caixão foi deixado só e as portas fechadas, para uma noite de frio e solidão, do outro lado da vida.
O funeral é hoje à tarde: supõe-se que a essa hora já alguém terá assinado o óbito que toda a gente aceitou ter sido decretado por uma funcionária do Lar, segundo me foi dito porque "ela percebe disso, já assistiu à morte de centenas de idosos"...
Moral da história: antigamente ainda era tida como necessária a presença dum padre, hoje em dia nem um enfermeiro ou um médico são precisos… basta uma opinião!