Amanda Pereira e Sara Santos não são nomes anglo-saxónicos, nem croatas, árabes ou chineses, nem hebraicos ou venezuelanos, não senhor, são portugueses.
Portanto, se acrescentarmos que estão no início dos "vintes", não será preciso dizer o que andam a fazer.
No entanto, para alguém que não ouça notícias ou não saiba como está o país, eu explico: andam à procura de trabalho.
Portanto, foram hoje ao Centro de Emprego.
Estranho, não é...? Neste país onde abunda o trabalho e ninguém tem falta de colocação, os recém-formados continuam a ter como primeiro destino, depois da infrutífera busca inicial… o Centro de Emprego.
E ainda bem que existem, para viabilizar o futuro a uma geração a caminho da tão desejada meta nacional: a da qualificação.
Porém... ora, claro que neste outrora jardim ainda à beira-mar plantado existe sempre um "mas" que entope tudo. O caso não excepção.
Portanto, lá vão as duas moças ao Centro de Emprego, mais ou menos a meio do dia (hora de almoço), umas horitas antes do fecho da repartição, por segurança.
Ora, não querem lá ver, a segurança provou-se carecer de prefixo, porque era completamente insegura.
Aprenderam muito, no entanto.
Ficaram a saber que às oito da manhã de uma repartição de abre ás nove já lá estão dezenas de pessoas para marcar vez com fichas que se esgotam antes do meio-dia (não sei se foi em relação a jogos de futebol ou ao serviço nacional de saúde, mas já ouvi esta história…). Depois, só se voltarem ao outro dia, com as mesmas regras...
Ora bem, a sociedade deve ter evoluído sem eu dar conta e não me adaptei, porque pensava que preferencialmente a oferta deve sempre acompanhar a procura (mais ainda se não se tratar de diversão mas de serviços essenciais), ou seja: a situação ideal é quando a procura e a oferta se equivalem.
Não é o caso, claramente, no Centro de Emprego.
Porquê, tratando-se de uma coisa tão importante e de uma meta do governo?...
Sou levado a chegar à única conclusão possível:
Há falta de empregados no Centro de Emprego!
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