Muitos livros têm sido escritos sobre a documentação que sustenta que o descobridor da América é português, nascido em Cuba, no Alentejo, com o nome de Salvador Fernandes Zarco.
O assunto levantou já uma extensa polémica entre os defensores da tese genovesa, que tudo indica basear-se essencialmente num "Testamento" toscamente falsificado, e as últimas descobertas de investigadores como Mascarenhas Barreto, Roiz do Quental, Manuel Rosa e Manuel Luciano da Silva, entre outros. José Rodrigues dos Santos inspirou-se no tema e escreveu "O Codex 632", a caminho dos 200.000 exemplares vendidos, traduzido em várias línguas e com direitos adquiridos por Hollywood. Manoel de Oliveira fez um filme intitulado "Cristóvão Colombo, o Enigma", sobre a vida e obra de Manuel Luciano da Silva, premiado na Bienal de Veneza com o "Bisato d'Oro". A comunidade científica reage entre a vontade conservadora de manter as teses que dão Colombo como italiano e o estudo dos novos factos que o afirmam português.
O prestígio do mais antigo cineasta do mundo e uma mediatização promovida pela revista Perspectiva, com uma edição especial sobre o tema, a que dedicou também a sua oitava edição, bem como a visibilidade que Fernanda Freitas conferiu ao assunto ao promover um debate televisivo de uma hora e meia sobre a nacionalidade do Almirante, trouxeram a discussão à luz da opinião pública e atribuíram-lhe o ónus de um grande tema em aberto.
Este novo livro é uma compilação das descobertas feitas por investigadores que dedicaram grande parte das suas vidas ao assunto e pretende condensar em poucas páginas, de uma forma acessível ao público em geral e aos estudantes interessados, um conhecimento que de forma mais profunda requer o estudo de obras especializadas, com quatrocentas páginas ou mais.
A obra inclui depoimentos de Manuel Luciano da Silva, Manoel de Oliveira, Carlos Calado, recém-eleito Presidente da nova Associação Cristóvão Colon e dinamizador do Núcleo dos Amigos da Cuba e Francisco Orelha, Presidente da Câmara Municipal de Cuba, que em 2006 inaugurou na sua autarquia uma estátua dedicada ao navegador, numa praça pública que tomou o seu nome.
O livro será publicado em 7 línguas: português, inglês, espanhol, italiano, francês, holandês e alemão, em edições a sair até ao fim do ano.
Este trabalho não pretende provar seja o que for, mas trazer à luz da opinião pública todos os factos conhecidos e promover a discussão científica, por forma a que o património histórico que legamos às gerações futuras seja, não o que se tornou habitual, não o que por conveniência alguns preferem, mas, claramente, indubitavelmente, a VERDADE!
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