 | PÁGINA DE IMPRENSA DE PEDRO LARANJEIRA |  |
05 maio 2007 |
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A Sociedade de Informação, com todos os benefícios que as novas tecnologias proporcionam, traz também consigo pragas que infernizam a vida diária de quem procura na Internet novas formas de lazer, mas que são particularmente gravosas para quem a utiliza como instrumento de trabalho.
De todos os flagelos difundidos pela Internet, o SPAM é indiscutivelmente o maior.
Entende-se por SPAM um email não solicitado, que pode ou não ser publicitario. Todos os dias são inventadas novas formas de utilizar o correio electrónico para os mais variados e, muitas vezes, tenebrosos fins.
Os temas mais comuns são a venda de medicamentos do tipo Viagra, propostas de crédito, remédios milagrosos para emagrecer ou aumentar o tamanho do pénis, venda de software, etc.
Circulam mensagens de todo o tipo, com os mais variados conteúdos, todos o mais possível aliciantes e, também, de um modo geral, tão sérios quanto a nossa vontade de os receber.
Isto porque a difusão maciça de emails é usada também para transportar vírus, "worms" e códigos dissimulados que se destinam a permitir o acesso indevido aos nossos computadores.
Qual é o objectivo? O mais comum é o roubo de informações financeiras, como números de contas, acessos a bancos, cartões de crédito, PINs, etc. Também, não menos importante, o roubo de dados de identidade que depois são vendidos em mercados negros para produção de documentos falsos.
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Para dar exemplos: o acesso a um cartão de crédito sediado nos Estados Unidos, com dados de verificação, custa no mercado negro 1 a 6 dólares. Pior, uma identidade, incluindo conta bancária, cartão de crédito, data de nascimento e número de segurança social obtém-se por 14 a 18 dólares.
Tudo pelo uso de dados (autênticos) obtidos por pirataria informática, de pessoas que não imaginam o que se passa até que um problema financeiro lhes caia de surpresa nas vidas, ou a lei as envolva em coisas que foram feitas por outras pessoas.
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Isto deriva do SPAM. Não é só o incómodo de ter a caixa de correio inundada com milhares e milhares de mensagens, cuja eliminação leva, muitas vezes, à perda de correio que se queria receber, pelo exaspero que provoca ter que verificar a massa de lixo que entra, mas também a inexperiência de muitos utilizadores ou a tentação da oferta que anuncia que se ganhou um fim de semana num destino paradisíaco, ou ainda o apelo à consciência, por causa de uma criança desaparecida ou alguém que precisa de sangue.
Os bancos portugueses têm alertado os seus clientes para o "Pishing", que consiste num email aparentemente oriundo do nosso banco, pedindo confirmação de dados, que muitas vezes abre uma página que imita até ao último detalhe a do nosso banco... mas não é. Os bancos não fazem isso, portanto há que ignorar e apagar de imediato qualquer mensagem deste tipo.
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O perigo está no próprio acto de abertura de um email não solicitado ou no click sobre um link lá contido - segundos depois, pode ser tarde e o computador já estar infectado com um código que, a partir daí, permite o acesso do exterior.
Segundo um relatório da Symantec acabado de divulgar, quase 60% de todo o SPAM provém dos Estados Unidos, com cerca de 30% a ser originado na Europa, onde a Alemanha lidera, ficando-se a Ásia (China quase inteiramente) pelo terceiro lugar. O resto do mundo é insignificante na produção desta praga.
De notar que na Europa circula mais SPAM que correio electrónico normal (ver quadro anexo).
Segundo a Symantec, o número de computadores infectados no segundo semestre de 2006 era um terço superior ao dos primeiros seis meses, com 31% da culpa atribuível aos Estados Unidos, seguidos pela China com 10% e pela Alemanha com 7%.
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As técnicas sofisticam-se, evoluem todos os dias e, graças a isso, proliferam agora novas máfias denominadas "Underground Economy Servers" (Servidores de Economia Paralela), que vendem informação roubada, desde listas de endereços de correio electrónico até números de contribuinte, cartões de crédito e dados de identidade.
Os lideres internacionais desta nova forma de crime são os Estados Unidos, com 51% do mercado mundial.
Portanto, olhe-se com cautela para a lista dos locais onde se pode passear à vontade a qualquer hora do dia ou da noite - há sítios perigosos: o seu computador é um deles!
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