PÁGINA DE IMPRENSA DE PEDRO LARANJEIRA 30 março 2007

EDITORIAL

Um novo órgão de comunicação social obriga sempre a escolhas decisivas.

Portugal possui um panorama de Imprensa riquíssimo, televisivo, radiofónico, escrito e, agora indiscutivelmente também online.

Como disse o jornalista espanhol Ramon Font, "Portugal é um país que passou do preto e branco ao digital, sem transição!"

Temos profissionais de grande nível, dentro e fora das nossas fronteiras. Estamos na primeira linha da integração de novas tecnologias no nosso universo de comunicação.

Claro que temos de tudo, bom e mau: do tablóidismo ao rigor, do sensacional ao suspeito, do tendencioso ao isento.

A Rádio é talvez a que menos ocupa esta panóplia de posições, mantendo-se igual a si própria segundo padrões que, sendo actuais, têm mudado pouco. A Internet, o último fenómeno a vestir-se de comunicação social, é também um exemplo, até ver, de percurso sério - refiro-me aos jornais online, que nos blogs é o que se sabe. Aí, como na imprensa escrita e na televisão, há de tudo.

Portanto, aonde situar um novo projecto? Que ambições? Que diferença?

Fazer concorrência à restante imprensa escrita? De modo algum, seria uma presunção só classificável como disparate... Existe uma qualidade, em vários órgãos da Imprensa portuguesa, tanto diária como semanal, que demora muitos anos de árdua experiência e enorme seriedade a conseguir. Olhamo-la com respeito, aprendemos com as suas virtudes, sem deixar de estar atentos, quando existam, aos seus defeitos (que todos os temos), para com eles aprendermos também.

"Ser diferentes"... que é o que toda a gente quer?... Seremos, decerto, umas vezes para melhor, outras para pior! À partida temos apenas uma diferença clara, que nos situa num nicho próprio e nos diferencia: somos mensais - como órgão de informação plural e generalista, essa é uma diferença.

Entendemos, portanto, que o jornalismo de actualidade imediata, que é vocação da imprensa diária e semanal, com a décalage correspondente - e que está, a nosso ver, respondida com exemplos de grande qualidade e reconhecível excelência - não é o objecto da Perspectiva. Queremos ser actuais, sim, e sê-lo-emos, mas na óptica dos assuntos que nos pareçam, sendo de interesse da opinião pública, que mantêm características de actualidade que não se esgotam com a notícia do acontecimento pontual.

É o nível da nossa ambição, no panorama nacional: não sermos da imprensa existente concorrentes, mas, o melhor que o soubermos, complementares.

Quanto à natureza dos nossos conteúdos, o Estatuto Editorial identifica-a com clareza.

Não seremos tablóides, não nos deixaremos influenciar por qualquer ideologia , seja ela boa ou má segundo os critérios actuais de ética ou moral, uma vez que entendemos que o papel da imprensa não é formar mas sim informar, de forma clara e objectiva, despida de sensacionalismo ou interpretação, pelo que daremos voz a todas as opiniões, da mais aceite à mais contestada.

Que resta?... teremos circulação nacional, e interesses universais. Respeitaremos o Código Deontológico dos Jornalistas, protegeremos as nossas fontes, recusaremos o boato, o plágio e qualquer forma de censura. Chegaremos ao leitor de forma gratuita, na última Sexta-Feira de cada mês.

Para isso, escolhemos como veículo de distribuição o jornal "Público", que consideramos um diário de referência e em cujo "Livro de Estilo" nos revemos, para tranquilidade do nosso próprio posicionamento deontológico de isenção e rigor profissional.

O futuro... esse ser-nos-á traçado por si...

Pedro Laranjeira

Director Editorial

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