Com o regime Bush desacreditado dentro e fora das próprias fronteiras, a corrida à eleição de 2008 está na estrada.
Já se ouviram mais de vinte nomes, mas os candidatos reais resumem-se a quatro.
No lado republicano, é tido como forte John McCain e como popular Rudy Giuliani, o Mayor de Nova Iorque no 11 de setembro. Mas têm que enfrentar o desencanto que o actual governo republicano criou, correspondido por uma gradual perda de representatividade nos órgãos de soberania.
Parece uma tarefa difícil, tanto mais que do lado democrata brilham duas estrelas: Barack Obama, um negro, e Hillary Clinton, antiga Primeira-Dama.
É a primeira vez que um negro e uma mulher concorrem a eleições nos Estados Unidos (aconteceu em 1872, mas o negro, um jornalista ex-escravo, foi nomeado sem seu consentimento e recusou-se, enquanto que a mulher não cumpria as normas legais para ser eleita por lhe faltar um ano de idade).
De Hillary Clinton ficou a visibilidade que granjeou como esposa do ex-Presidente Bill, mas principalmente a imagem da grande dignidade com que passou pelo "affair Monica Lewinsky", que a estabeleceu como uma grande senhora. Tem sido a favorita nas sondagens.
O outro democrata é uma estrela fulgurante: Barack Obama, negro de 45 anos, conseguiu reunir à sua volta a poderosa máquina de Hollywood, com nomes como Spielberg, George Clooney, Sharon Stone, Eddie Murphy, Oprah Winfrey, Will Smith, Ben Affleck, Matt Damon e Oliver Stone, além de multimilionários como David Geffen e Warren Buffet. Para uma campanha vai custar 100 milhões de dólares, parece bem lançado.
Ficaremos atentos, porque estas coisas de quem manda na Casa Branca afectam-nos a todos, como dolorosamente sabemos.
A Perspectiva contactou estes Senadores, há mais de um mês, pedindo que nos mantivessem informados - dos quatro, apenas Hillary Clinton respondeu... um órgão de comunicação social na Europa (ou melhor, em Portugal - onde é que isso fica?...) não parece ser muito importante para os senhores do mundo!